
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, surgido das práticas e conceitos do empreendedorismo empresarial, o empreendedorismo socioambiental caracteriza-se como processo novo de gestão no campo social. Emprega com utilidade princípios e ferramentas do campo empresarial no equacionamento de problemas sociais, bem como está em permanente leitura e releitura desses dois campos, dada a natureza espacial de seu público-alvo: pessoas em estado de risco e excluídas socioambientalmente.
Ineficiência dos governos, incapacidade das entidades filantrópicas e das organizações sociais, quanto às oportunidades de equacionar ou resolver problemas desse público, são também responsáveis pelo surgimento do empreendedorismo socioambiental.
Segundo Glauco, mensura-se os resultados desse empreendedorismo com base em indicadores referentes aos meios de superar questões socioambientais determinadas; bens e serviços que melhoram as condições de vida e trabalho da comunidade.
Glauco explica que as pessoas que se dedicam a esse tipo de empreendimento são empreendedoras sociais. Caracterizam-se pelo respeito a todas as etapas de gestão de um projeto; busca de resultados por meio da inovação para enfrentar os problemas; identificação de oportunidades de melhoria da condições sociais; geração de valor, mensurado quantitativa e qualitativamente, referente à solução executada por um programa, projeto ou ação.
Para empreendedores sociais, a capacidade de compartilhar o comando de seus projetos é mais importante do que entre os empreendedores empresariais, pois uma empresa privada pode ser vendida, mas uma entidade social não. Para que uma entidade social prossiga, é preciso formar mais gestores e envolve-los no sonho do empreendedor social.”