Você é um intraempreendedor? Conceito cada vez mais difundido nas organizações, o intraempreendedorismo é a versão em português do termo francês “intrapreneur”, que significa empreendedor interno. De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o intraempreendedor é aquele profissional que “a partir de uma ideia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da empresa onde trabalha, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em um produto de sucesso. Não é necessário deixar a empresa onde trabalha, como faria o empreendedor, para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma ideia transformada em realidade”.
Desta forma, os empreendedores são importantes não apenas na implantação de novos negócios, mas também nas organizações já consolidadas, já que trazem inovação e fazem as ideias e projetos virarem realidade. De acordo com Glauco, o intraempreendedorismo é fortalecido e estimulado nas empresas através dos mecanismos de remuneração variável, onde o profissional ganha a partir dos resultados que apresenta. “A competitividade nas empresas e no próprio mercado é muito grande. Vence quem consegue fazer a diferença”, afirma ele.
Será que o espírito intraempreendedor é um atributo ensinável, que pode ser adquirido com tempo, experiência e esforço? Ou será como vocação, que nasce com a pessoa? Na opinião Glauco, o profissional pode desenvolver um espírito empreendedor, mas é necessário que ele tenha aspectos de sua personalidade que sejam compatíveis com esse perfil. “Mudar o perfil psicológico é impossível. É preciso entender que algumas pessoas definitivamente não servem para atuar como realizadores vorazes e não tem curso ou treinamento que mude isso”, ressalta Glauco.
Glauco explica que, apesar de ser uma competência importante, nem todos os profissionais precisam, necessariamente, atuar como líderes empreendedores. “Você pode fazer um ótimo trabalho mesmo assim. Mas vislumbrar uma vaga como gerente ou diretor, por exemplo, já fica bem mais difícil”, esclarece.
Como saber se você é ou não um intraempreendedor? Para Glauco este profissional apresenta algumas características que fazem-no diferente dos demais, tais como:
• Tem atitude de dono na empresa: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas para a companhia como um todo. As organizações podem estimular isso com um plano de obtenção de stock options (ações) da empresa, fazendo com que os funcionários virem sócios do negócio.
• Tem paixão pelo que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo a pena.
• Habilidade de transformar iniciativa em “acabativa”: implanta projetos com começo, meio e fim.
• É persistente: faz de tudo para que o negócio dê certo e dissemina a ideia para os outros colaboradores, atuando como líder da equipe e encorajando-os a continuar.
• Tem prazer em ensinar aos outros o que sabe: gera efeito cascata e forma outros executivos empreendedores. Este tópico é importante porque é praticamente impossível a empresa funcionar com apenas um único empreendedor.
• É pró-ativo e se antecipa ao futuro: é a capacidade de ver na crise uma oportunidade de crescimento e de aprendizado.
• É um profissional extra-muros: ele excede os limites, vai além do pré-estabelecido e realmente faz acontecer.
Para estimular o espírito intraempreendedor nos seus funcionários e colegas, uma boa opção é usar as ferramentas de Treinamento e Desenvolvimento disponíveis, hoje em dia cada vez mais acessíveis a todo tipo de empresa.