Para o empresário Glauco Diniz Duarte, no dinâmico ambiente empresarial atual, empresas que não se adequarem aos novos tempos podem ter o mesmo fim dos dinossauros. Muitas empresas ao longo do seu desenvolvimento perdem o espírito empreendedor com o qual começaram suas atividades. Quando estas se transformam em grandes empresas, suas habilidades de serem flexíveis e inovadoras podem ter sido paralisadas em consequência do seu tamanho e sucesso.
No entanto, destaca Glauco, a fim de sobreviverem no dinâmico ambiente empresarial recomenda-se que adotem o empreendedorismo corporativo. O intraempreendedorismo pode ser um antídoto poderoso contra o envelhecimento e falta de agilidade das empresas, falta de inovação, estagnação do crescimento e inércia, que frequentemente tomam conta de empresas estabelecidas em todo mundo. O empreendedorismo corporativo é uma tentativa de levar a mentalidade e o conjunto de habilidades demonstradas por iniciativas empreendoras de sucesso e semear estas características na cultura e atividades de empresas existentes.
Quando o contexto social é uma firma estabelecida, o empreendedorismo assume características únicas e o processo se torna sujeito a um número de limitações e oportunidades não encontradas na maioria das empresas iniciantes independentes.
Segundo Glauco, empreendedorismo corporativo exige o desempenho de um papel um pouco diferente por parte do empreendedor. Este indivíduo, algumas vezes mencionado como “intraempreendedor” ou “campeão” não está colocando em risco seus próprios recursos, mas sim aqueles pertencentes à empresa. Neste caso, se algum risco pessoal está envolvido ele é mais relacionado ao risco da carreira.
Os recursos disponibilizados pelas empresas estabelecidas ao indivíduo empreendedor são acompanhados de uma diversidade de políticas e procedimentos formais, limitações estruturais e normas culturais que podem impedir os esforços inovadores. O sucesso do intraempreendedor em capitalizar estes recursos enquanto supera tais obstáculos pode requerer certas habilidades políticas, assim como uma habilidade para obter apoiadores, construir equipes, fazer coalizões e trabalhar através de outros. Colocado de outra forma, o intraempreendedor não exerce tanto controle pessoal sobre o destino de seu projeto como o empreendedor independente.
O intraempreendedorismo é uma tentativa de adotar a mentalidade e comportamentos que os empreendedores externos utilizam para criar e construir negócios e levar estas características para germinar dentro de um ambiente corporativo já existente. Empresas desejosas de incentivar a inovação e descobrir novas oportunidades de mercado estão muito frequentemente interessadas em tentar inculcar alguns destes valores empreendedores nas suas culturas através da criação dos intraempreendedores.
Há algo bastante sedutor sobre a noção de construir um pensamento e uma ação empreendedora dentro de uma organização. Geralmente, vemos os empreendedores externos ou empreendedores em empresas recém-criadas, que se tornam famosos e ricos em consequência de seus esforços e determinação próprios, como pessoas a serem invejadas e talvez imitadas. Ter algumas destas pessoas dentro de uma organização poderia representar uma oxigenação da estrutura organizacional e um desafio à burocracia. Os empreendedores de empresas recém-criadas são habitualmente apaixonados pelo sucesso de suas ideias e são os principais interessados em remover as barreiras para sua realização. Eles estão geralmente muito mais interessados nos resultados do que em seguir os processos adequados para alcançar estes resultados. Eles vêm oportunidades onde outros não conseguem ver ou que percebem como inacessíveis.
Para Glauco o empreendedorismo corporativo é essencial para assegurar a sobrevivência da empresa pela renovação das suas operações, redefinição do seu conceito de negócios e aumento de suas capacidades de inovação, qualidades estas indispensáveis num ambiente dinâmico como o em que vivemos.