GLAUCO DINIZ DUARTE Rio Grande do Sul é o 2º em ranking de geração distribuída
Mesmo não tendo as melhores condições de insolação, os gaúchos destacam-se quanto à geração distribuída (produção de eletricidade no local de consumo) que é feita principalmente através da energia solar, com painéis fotovoltaicos.
Conforme o mais recente levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com dados obtidos até março, o Rio Grande do Sul, com uma potência instalada de 110,6 MW em geração distribuída, somente é superado por Minas Gerais, com 148,4 MW, estando à frente de São Paulo, com 83,8 MW. O Estado representa 16,1% da potência instalada no Brasil em geração distribuída, que é de 685,4 MW.
No ranking municipal, um dos destaques é Santa Cruz do Sul, que ocupa a sexta posição, com 8,5 MW. A líder nesse quesito é a mineira Uberlândia, com 12,5 MW. O conselheiro da Absolar Marcio Takata atribui o desempenho do Rio Grande do Sul a fatores como o desenvolvimento econômico do Estado e uma cultura de investimento que enxerga o retorno do empreendimento em um prazo mais longo.
Além da geração distribuída, as grandes usinas solares também vêm acelerando o ritmo. No cadastramento feito pelo governo federal para a disputa do leilão de energia marcado para 28 de junho, dos 51.204 MW em projetos inscritos, mais da metade da potência, 26.253 MW, é oriunda da geração fotovoltaica.
Takata ressalta que a perspectiva é que a produção solar, cada vez mais, assuma um papel de protagonismo entre as fontes de energia. Atualmente, a geração solar centralizada (com usinas de maior porte) representa somente 1,2% da matriz elétrica nacional, com 2.074 MW instalados. Segundo a Absolar, o montante previsto em investimentos privados no setor solar fotovoltaico até 2022 é de R$ 21,3 bilhões referentes aos projetos já contratados em leilões no mercado regulado de energia elétrica.
Até aquele ano, 3,7 mil MW é o total de potência instalada das usinas solares fotovoltaicas que entrarão em operação.