GLAUCO DINIZ DUARTE Tesla vai abastecer ilha do Havaí com energia solar
Grandes ilhas que se encontram muito distantes dos continentes, como é o caso do Havaí, sofrem na hora de produzir sua energia elétrica. Não possuem rios volumosos o suficiente para o aproveitamento da energia hidrelétrica e o transporte de gás ou carvão é muito caro. Nesses casos, geralmente se utilizam geradores a diesel, que também têm um custo alto e ainda por cima poluem o meio ambiente.
Para tentar diminuir a dependência de combustíveis fósseis não renováveis, a Tesla criou um projeto que vai gerar e armazenar grandes quantidades de eletricidade a partir de enormes usinas de energia solar na ilha de Kauai, assim como já fez anteriormente na Polinésia. Hoje em dia, muitos moradores do Havaí já utilizam painéis solares domésticos, o que funciona bem durante o dia, mas deixa a desejar durante a noite e no tempo nublado, o que os obriga a apelar para os geradores a diesel.
Tecnologia de armazenamento
Para conseguir armazenar a eletricidade gerada, visto que fontes renováveis geralmente atingem o pico de fornecimento de energia apenas quando há baixa demanda, a Tesla pretende utilizar uma bateria imensa – desenvolvida pela empresa e chamada Powerpack 2 – que é capaz de armazenar a eletricidade gerada durante o dia e em dias limpos e pode ser usada quando o Sol não aparece.
O projeto mencionado foi pedido pela companhia responsável pelo abastecimento elétrico da ilha de Kauai, no Havaí. A Tesla pretende criar uma instalação com baterias de 52 megawatt-hora (MWh) e uma usina de geração de eletricidade de 13 megawatts da SolarCity. A medida, segundo o órgão que fornece energia para a ilha, pretende economizar cerca de 6 milhões de litros de combustível fóssil por ano.
O sistema de bateria Powerpack 2 da Tesla já foi utilizado com essa mesma função em outra ilha, Ta’u, na Samoa Americana. Fabricado na Gigafactory da empresa, localizada em Nevada, Estados Unidos, o complexo não será vendido, mas “alugado”: a ideia é que a Tesla venda apenas a energia gerada e a capacidade de armazenamento enquanto continua dona de todo o equipamento usado para essa função. Após ter retirado o “Motors” do seu nome, é de se esperar ver a empresa se envolvendo cada vez mais em áreas distantes dos veículos, pelos quais é mais conhecida.