Solar fotovoltaica quando surgiu – Glauco Diniz Duarte
Uma parceria entre pesquisadores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) gerou tecnologia para a produção de uma telha solar fotovoltaica. O projeto surgiu a partir da demanda da Teggomax, empresa do ramo de telhas de concreto de Cascavel (PR). Os estudos tiveram início em novembro de 2016.
A telha desenvolvida tem o mesmo formato de uma convencional de concreto ou barro, mas é produzida em polímero e tem incorporado o sistema fotovoltaico. Desta forma, os custos são mais baixos, pois a geração já está acoplada à própria estrutura, dispensando módulos avulsos. Outras vantagens, segundo os pesquisadores, é aliviar o peso – enquanto a telha de polímero pesa 1 kg a de concreto pesa 7 kg — e permitir a substituição das telhas comuns sem necessidade de adaptações na estrutura da casa. O sistema também não altera a estética do telhado, já que as telhas fotovoltaicas podem ser usadas total ou parcialmente para a cobertura, de acordo com a demanda energética do imóvel.
A telha, que ainda passa por testes laboratoriais, foi projetada para uso residencial. Seu custo é calculado entre 30% a 40% superior quando comparada à telha convencional. Cada telha fotovoltaica gera de 20 a 30 watts de energia.
Para que sejam utilizadas fora do Estado, algumas adaptações podem ser necessárias considerando as diferenças climáticas de cada região. O projeto está sendo realizado no Centro de Desenvolvimento e Difusão Tecnológico em Energias Renováveis (CDTER), sediado na estrutura da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel (Fundetec).