Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, método inovador vai permitir aproveitar 85% da luz solar para criar energia. É uma melhoria face aos atuais painéis solares que apenas permitem aproveitar cerca de 22% da energia solar, existindo assim grande desperdício…
Este novo painel solar está a ser desenvolvido por cientistas da Universidade de Hokkaido e assenta num tipo de painel de dupla camada. Para já é somente experimental, estando ainda em desenvolvimento, mas este será um grande passo para o mercado das energias renováveis.
É uma melhoria de quase 11 vezes face aos atuais painéis solares, pois atualmente aproveita-se apenas 22% da energia solar, e com este grande salto para os 85% deixamos de ter desperdícios de energia.
Constituição do novo painel solar que converte 85% da luz solar
Como já referimos é um painel de dupla camada. Assim, os cientistas da Universidade de Hokkaido, recorreram a uma camada de dióxido de titânio com espessura de 30 nanómetros e ouro com espessura de 100 nanómetros e outra camada constituída por nano partículas de ouro!
O modo de funcionamento deste novo painel solar, é aprisionar a luz solar entre as duas camadas. Assim, quando a luz solar incide sobre um dos lados, mais especificamente sobre a camada de nano partículas de ouro, a luz fica como que aprisionada entre as duas camadas, sendo que o filme de outro com espessura de 100 nanómetros vai funcionar como um espelho e depois as nano partículas acabam por absorver mais luz, produzindo assim mais energia!
Hiroaki Misawa, cientista principal e líder do estudo defende que “A eficiência de conversão da energia solar é 11 vezes superior às soluções atuais que não contemplam a luz solar”.
O futuro do painel solar
Outro benefício que está a ser estudado, e com resultados promissores, é o facto de esta tecnologia vir a permitir a hidrólise da água.
O que significa isto? Significa que além de garantir energia elétrica, também iremos conseguir criar combustível. Refiro-me ao hidrogénio, que atualmente o obtemos através do processo de fracking, o que não é um processo amigo do ambiente e esgota combustíveis fósseis.
Assim se conseguirmos recriar o fenómeno da hidrólise, separação da água em hidrogénio e oxigénio, então iremos ter este combustível de um modo sustentável.