GLAUCO DINIZ DUARTE Leilão contempla projetos de energéticos de Pernambuco
O leilão de Energia Nova, que vai fornecer energia elétrica a partir do dia 1° de janeiro, gerou um movimento de R$ 5,6 bilhões em contratos, equivalentes a um total de 39.113.822,400/Megawatt-hora (MWh). Realizado na última segunda-feira (18) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o leilão denominado A-4 de 2017 apresentou um preço médio de R$ 144,51/MWh, representando um deságio de 54,65% em relação aos preços-tetos estabelecidos.
Destinado à contratação da geração através das fontes eólica, hidrelétrica, solar fotovoltaica e termelétrica a biomassa, o certame traduziu uma economia de R$ 6,8 bilhões para os consumidores de energia.
Com investimentos previstos na ordem de R$ 4,29 bilhões, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), foram arrematados 25 empreendimentos de geração. Em Pernambuco, cinco projetos foram contratados, todos para geração de energia solar. Brigida e Brigida 2 foram vendidas pela empresa Solatio Sindustrial, e Solar Salgueiro, Solar Salgueiro II e Solar Salgueiro III, vendidas pela empresa Salgueiro.
De acordo com o especialista para o setor elétrico, João Bosco, essas contratações representam uma grande oportunidade para o Nordeste de expansão para usinas solares, já que a fonte foi a grande vencedora dos leilões. “A queda no preço de venda da energia solar e eólica abre o potencial do Nordeste crescer as usinas na região do semiárido. As usinas Solar Salgueiro de Pernambuco, por exemplo, vão se conectar a subestação Bom Nome da Chesf, e isso será muito bom, vai abranger uma área grande, de cerca de 100 hectares de terra”, destacou Bosco.
No leilão, o preço médio da fonte solar foi de R$ 145,68/MWh e a fonte eólica teve preço médio de R$ 108/MWh. Esses resultados representam a metade do que a Aneel estava disposta a comprar, um balanço positivo para o mercado. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, o certame consolida o setor elétrico brasileiro como um ambiente sólido e de confiança para investimentos de longo prazo.
“O País contratou a energia solar e eólica pelos menores preços da história do Brasil e a economia de R$ 6,8 bilhões significa uma forte contribuição para a modicidade tarifária futura. O leilão marca a volta da contratação de energia dentro de fundamentos técnicos e econômicos e com um sinal positivo para a indústria de renováveis do Brasil, sobretudo para a região Nordeste”, destaca Barroso. Porém, o presidente pondera que mesmo o volume de contratos sendo realista, infelizmente o tamanho do leilão foi afetado pelas duras condições econômicas do País nos últimos anos. Ao total, foram registrados os cadastros de 1676 projetos a serem leiloados.