GLAUCO DINIZ DUARTE Quase metade da energia solar contratada em leiloes já está conectada a rede
Quase metade da geração de energia solar fotovoltaica contratada nos últimos leilões pelo Governo Federal está conectada à rede do sistema elétrico. A informação foi revelada pelo relatório da consultoria brasileira Greener, chamado Strategic Study – Utility Scale Brazilian PV market 2019, no qual aponta que, dos 4.920,7 megawatts (MW) de energia solar contratados nos últimos cinco leilões – realizados entre 2014 e o ano passado –, 2.193 MW de geração centralizada já estão conectados e abastecendo a matriz elétrica nacional.
O estudo projeta que há alta probabilidade de 866 MW em projetos de geração de energia solar fotovoltaica em construção iniciem suas operações ainda neste ano, e ainda um adicional de 163,8 MW tem probabilidade média para conclusão ainda em 2019. Para este ano ainda, cerca de 36 MW têm baixa probabilidade de conclusão de projetos. Para 2020, apenas 93,7 MW têm alta probabilidade de iniciarem a geração de energia elétrica solar, 230 MW têm média probabilidade e 79 MW aparecem sem expectativas para entrar em operação no próximo ano. Para o triênio 2020, 2021 e 2022, o estudo afirma que novos leilões de energia são a chave para manter o crescimento da fonte renovável no País.
A consultoria relata que, do total de 4,92 gigawatts (GW) contratados em leilões, o governo descontratou aproximadamente 290 MW através de um leilão dedicado ao processo, realizado em agosto de 2017, em meio à recessão econômica brasileira. Até 2021, a Greener aponta que outros 1.361,3 MW de projetos solares de grande escala ainda não possuem contratos ou fornecedores. Dos leilões de energia, o de maior sucesso foi o primeiro realizado em 2015, que já conta com 100% da capacidade fotovoltaica contratada em operação, testes ou em construção, enquanto o segundo leilão do mesmo ano já tem 97% das usinas solares em operação, testes ou em construção.
Para este ano, a Greener espera que os projetos fotovoltaicos em construção, fase de testes ou concluídos, distribuídos em nove estados (São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco), somem 3.235 megawatts-pico (MWp).
Módulos solares importados são maioria
Dos 90 projetos de geração de energia solar fotovoltaica contratados nos leilões, 56 são financiados com recursos de instituições financeiras públicas de fomento: o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ambos bancos impõem que os projetos de geração de energia devem ter componentes fabricados localmente. Outros sete projetos contam com aporte de fundos internacionais privados, enquanto 27 estão sendo realizados com recursos próprios das empresas.
O relatório aponta que 76,51% dos módulos fotovoltaicos utilizados na construção das usinas solares são importados, enquanto 22,43% têm fabricação no Brasil. Em geral, os preços dos equipamentos fotovoltaicos fabricados no País são entre 35% a 50% maiores do que os importados, afirma a consultoria, e, dentre as principais fabricantes, apenas três têm fabricação local.
A maior fornecedora de módulos fotovoltaicos para as usinas solares no Brasil é a chinesa Jinko, seguida pela Canadian Solar e a BYD – as duas últimas com fabricação em território nacional, em Sorocaba e Campinas, respectivamente. Em quarto lugar ficou a JA Solar, seguida por GCL, Chint, First Solar, Longi e Trina.
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