Glauco Duarte Diniz – como armazenar energia solar
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a preocupação com a disponibilização de meios alternativos para produzir e armazenar energia elétrica de uma forma que não agrida a natureza é, felizmente, cada vez maior. Além disso, essa preocupação é ampliada para que as soluções não sejam demasiadamente onerosas para os usuários. Afinal, o investimento em eletricidade sustentável deve ser realizado visando a um bom custo-benefício para que, acima de tudo, essas tecnologias tornem-se acessíveis e, consequentemente, sejam difundidas entre a população.
Tudo isso fomenta várias ideias para pesquisas envolvendo a estocagem de energia. E como resultado do aperfeiçoamento das investigações envolvendo o assunto, temos, atualmente, um mercado relativamente bem abastecido com opções que podem ser aderidas.
Tesla Powerwall
O Powerwall é um novíssimo recurso de estocagem de energia em casa que acabou de ser lançado pela fabricante de automóveis Tesla. Trata-se de um kit de baterias de íon lítio, medindo 1,2m de altura, 91cm de largura e apenas 15cm de espessura — o que caberia perfeitamente em uma garagem sem ocupar muito espaço.
Seu modelo de entrada possui a capacidade de 7Kwh, o que dá uma boa autonomia mesmo em épocas com pouco sol, tendo em vista que a fonte de alimentação da Tesla Powerwall é a energia solar proveniente de placas de captação.
O principal diferencial dessa bateria é que ela é ligada à internet, permitindo que o próprio fabricante possa realizar a administração da utilização, buscando extrair o máximo de eficiência.
Bateria orgânica
A bateria orgânica é um modelo de bateria de fluxo que possui como principal objetivo proporcionar os benefícios do armazenamento de energia proveniente da luz solar, mas com a vantagem de poder lançar mão de materiais mais baratos para a sua devida funcionalidade.
Em vez dos tradicionais metais, a bateria orgânica desenvolvida pela Universidade de Harvard possui como vetores de transformação de energia o bromo e o ácido bromídrico, que além de serem mais abundantes na natureza e consequentemente mais baratos, podem ser facilmente manipuláveis e terem inclusive a tensão alterada de acordo com o volume nos tanques.
Esse modelo, apesar de ter se demonstrado bem eficaz, ainda está em fase final de desenvolvimento, e promete aquecer o mercado e a adesão dos usuários à utilização de energia solar como principal fonte de alimentação dos componentes elétricos residenciais.
Bateria SimpliPhi
A empresa norte-americana SimpliPhi Power desenvolveu um modelo de bateria que promete resolver problemas de superaquecimento e incêndio e, consequentemente, entregar um produto muito menor do que os outros presentes no mercado, dada a não necessidade de utilização de sistemas internos de refrigeração. Isso foi possível devido à substituição do tradicional composto de íon lítio ou outros metais como o níquel e o cádmio por fosfato de lítio-ferro, que trabalha de forma eficiente mesmo sem o resfriamento necessário.
O resultado é uma bateria do tamanho aproximado ao de uma caixa de sapatos, e com a mesma capacidade energética dos outros modelos citados.