Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o Brasil é um país com grande incidência solar. Por aqui, a luz do sol atinge a terra mais de duas mil horas por ano. A Região Nordeste, por exemplo, tem um ótimo potencial para geração de energia fotovoltaica, pois recebe uma incidência média diária de luz equivalente a 4,5 a 6 kWh. Tá, mas e quanto custa instalar um sistema de geração de energia solar?
Um sistema de qualidade sai a partir de R$ 15.000,00 aproximadamente, já com todos os custos inclusos, segundo a Blue Sol Energia Solar. No entanto, os sistemas mais vendidos, por se aproximarem mais do padrão de consumo energético dos clientes, possuem um investimento médio de R$ 30.000,00 para uma geração confortável de energia para uma conta de luz de aproximadamente R$ 400,00 (valor que pode variar por região e por distribuidora). Atenção na hora de contratar o serviço, é importante verificar tudo o que vem incluso no pacote!
Quanto tempo o equipamento dura?
Os módulos têm vida útil estimada entre 25 e 30 anos para uma geração aceitável de energia. Inclusive, todos do mercado têm, atualmente, garantia de fábrica de 25 anos para geração de pelo menos 80% de seu potencial. Os inversores, por sua vez, têm uma vida estimada entre 12 e 15 anos, necessitando sua troca na metade do tempo de duração de um sistema.
Em quanto tempo é possível ter o retorno do investimento?
Hoje um sistema solar residencial se paga entre 4 e 6 anos, portanto se levarmos em consideração os seus 30 anos estimados de funcionamento, teremos entre 24 e 26 anos de pura economia! Hoje o solar já é mais rentável do que muitos outros investimentos como, por exemplo, a famosa caderneta de poupança, trazendo um retorno maior ao investidor.
Qualquer residência pode receber o sistema, em teoria. Em termos práticos, a casa precisa de um espaço útil para receber a instalação dos módulos fotovoltaicos de cerca de 18m² sem sombreamento constante, e ser atendida por uma concessionária distribuidora de energia.
Como funciona a produção e armazenamento de energia solar?
A energia é produzida pelo contato da luz com os módulos fotovoltaicos. Ela é levada até o inversor, que transforma esta energia naquela que utilizamos em nossos eletrodomésticos, e joga na nossa rede elétrica. Por isso, estas duas partes (módulos e inversor) são o coração do sistema. A energia gerada desta forma tem uma fração dela consumida na hora, pelos eletrodomésticos, lâmpadas e máquinas ligados no momento. Seu excedente é enviado para a rede da distribuidora, que fornece créditos para a unidade consumidora abater na sua conta de luz. Quando chega a noite, e a geração de energia é interrompida pela falta de luz solar, utilizamos estes créditos gerados durante o dia para o abatimento da energia consumida no período.
Os sistemas têm sua potência calculada de modo que o cliente pague apenas a taxa de disponibilidade. Esta compensação de créditos é feita de maneira automática na hora da emissão da conta de luz. Portanto, tecnicamente não há “armazenamento” de energia. O excedente é transformado em créditos junto à distribuidora e convertido em economia para o proprietário do sistema.
É possível gerar sua própria energia (solar) sem depender da rede distribuidora?
Para isso, a energia excedente produzida de dia precisaria ser armazenada em baterias para ser utilizada à noite. No entanto, hoje é muito difícil de falar sobre baterias de uso residencial. As baterias que existem hoje para uso comercial possuem uma vida útil de aproximadamente três anos frente aos 25 anos de vida um sistema fotovoltaico. Além disso, não há uma política de descartes apropriada para as baterias. Portanto, a autonomia energética acaba custando muito mais caro e tendo um alto custo de manutenção.
Em mercados mais evoluídos na questão da energia solar fotovoltaica, estão começando a se desenvolver baterias para uso residencial, porém ainda não temos nada em escala comercial. Assim, a solução proposta foi justamente a dos sistemas on grid, nos quais em vez de armazenar energia, ela é devolvida para a rede.
A maior vantagem é ambiental!
Hoje a matriz energética brasileira é sustentada, em sua maioria, pelas geradoras hidrelétricas e termoelétricas, que causam impacto ao meio ambiente, possuem alto custo de geração e envolvem muitas perdas energéticas.
A geração fotovoltaica busca sustentabilidade ao utilizar uma fonte limpa de geração de energia, trazer uma energia mais barata e, principalmente, otimizar a geração de energia na matriz energética brasileira.