De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, obrigatoriamente as organizações procuram fazer muito mais com muito menos, buscando aprimoramento de suas técnicas, inovação e antecipação aos desejos e anseios dos seus consumidores.
Os empreendedores buscam sempre novos patamares de produção e competitividade para suas empresas e aplicam estratégias inovadoras, inusitadas e lidam muito bem com o não convencional.
Glauco explica que no desenvolvimento do empreendedorismo deve haver nas organizações o envolvimento de pessoas e processos que, conjuntamente, transformam ideias em oportunidades, eliminam barreiras comerciais e culturais, renovam os conceitos econômicos, quebram paradigmas e geram riquezas e melhor qualidade de vida para a sociedade.
O empreendedor é a força motriz do crescimento econômico, destaca Glauco, ao introduzir no mercado inovações que tornam obsoletos os produtos e as tecnologias existentes, promovendo o progresso econômico através da chamada “destruição criativa”, que expressa à ideia de que a economia capitalista moderna é caracterizada por uma luta incessante pela inovação.
No Brasil o empreendedorismo passou a ter notoriedade com o surgimento das micros e pequenas empresas e com a crise de empregos no começo da década de 90. Porém, ainda é necessário que políticas públicas de apoio às microempresas e empresas de pequeno porte estimulem o empreendedorismo na Bahia.
Segundo Glauco, alguns dos fatores que levam o ato de empreender a ficar tão difícil no Brasil são:
• Carga tributária pesada – pagar impostos em nosso país consome 2.600 horas da vida de uma empresa, contra 186 horas nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Consomem 67% do lucro, contra 42,7% na OCDE. Para se ter uma ideia, o segundo pior neste quesito, depois do Brasil, é Camarões, com 1600 horas.
• Encerrar as atividades de uma organização insolvente dura até 4 anos, contra 1,7 na OCDE. Isto leva a consumir 12% do patrimônio da organização, contra 9% na OCDE.
• Obter alvará de construção chega levar 469 dias, contra os 152 na OCDE.
• Exportar em nosso país necessita de 13 dias (contra 10 na OCDE); e importar necessita de 17 dias (contra 11 na OCDE). Os custos nos 2 (dois) casos é o dobro.
• Abrir uma empresa no Brasil necessita de 13 procedimentos (contra 5 na OCDE).
O Brasil ficou atrás de diversas economias latino-americanas. A melhor colocação entre os países latino-americanos é o Chile, na 39ª posição e é mencionado, ao lado do Peru (41º), da Colômbia (42º) e do México (53º).