Essa afirmação é do empresário Glauco Diniz Duarte, que destaca que hoje, existe uma base de materiais de estudo e ferramentas, além do acesso fácil a informações por meio da internet, para incentivar o empreendedorismo desde a formação infantil.
Segundo Glauco, o que precisamos ressaltar, primeiramente, é que empreendedorismo é uma gama de comportamentos e que não necessariamente significa que todo empreendedor abre uma empresa, mas que pessoas que possuem naturalmente este espectro de comportamento ou que os treina em sua vida, em algum momento acaba se encontrando no envolvimento com algum tipo de empreendimento, seja econômico, social, ambiental ou de qualquer outra natureza. O número de jovens empreendedores de natureza econômica, ou seja, aqueles que abrem sua própria empresa vem crescendo no Brasil e no mundo nas últimas décadas. Existem alguns fatores envolvidos, tais como modernização na sociedade econômica, evoluindo de poucas grandes empresas para uma ampla base de pequenas e médias empresas; melhor acesso a informações, de poucos centros de conhecimento, para o conhecimento aberto – hoje podemos encontrar aulas abertas das principais universidades do mundo em sites de ensino; e no Brasil podemos colocar também a influência da mídia que reforça os grande exemplos que possuímos.
Glauco diz que as pequenas e médias empresas representam quase 60% da contratação de mão de obra no Brasil e seguraram a queda do patamar econômico nos últimos três anos. O que o Brasil precisa é incentivar que estas empresas busquem o alto impacto e o crescimento contínuo, pois não basta apoiar o pequeno, temos que incentivar o crescimento destas empresas.
Segundo Glauco a facilidade ao acesso de informações trazidas pela internet promove uma ampla possibilidade de empreender de forma sólida. Esse fator, somado a uma boa ideia e o foco em sua execução fazem com que uma pessoa, independente de sua idade, possa alcançar sucesso econômico. Isso não significa que estes empreendedores prodígios sejam um fenômeno de nossa época, pois podemos encontrar relatos de jovens empreendedores por toda a história. O que acontece é que agora eles não precisam mais chegar à vida adulta para ter acesso a informações e, consequentemente, a recursos para por em prática suas ideias.
Sobre o aspecto de acesso ao mercado e de capacitação, sem dúvida a internet ocasionou uma verdadeira revolução sobre os demais eixos estruturantes de uma empresa, como acesso ao crédito, burocracia e liberdade econômica. Temos avanços em algumas áreas e tido retrocessos em outras, fatores como aumento abusivo da carga tributária ou a grande burocracia para abrir uma empresa são fatores que desestimulam a abertura de novas empresas.
Hoje os principais entraves para o empreendedor nacional são a alta carga tributária e o elevado nível tributário que diminuem a competitividade nacional e eliminam possibilidades de grandes empreendimentos no País, fazendo com que toda cadeia econômica sofra com falta de recursos. Mas como toda boa crise, existem diversas oportunidades, principalmente para quem consegue operar de forma enxuta, rápida e precisa.
Os jovens estão operando de forma mais ampla no setor de serviços, com grande ênfase na área tecnológica. Isso se deve primeiramente à facilidade de criar negócios neste setor, por menores investimentos e burocracia.
A cultura empreendedora deve ser incentivada desde criança. Existem uma grande base de materiais para estudo sobre o incentivo ao empreendedorismo, matérias de apoio do Sebrae e livros sobre o assunto, além de fácil acesso a informações na internet. Mas nada substitui o bom e velho exemplo.