De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, todo ser humano nasce com o instinto de empreender, porém nem todos seguem a vocação. Isso acontece, em partes, por falta de incentivo e oportunidades que uma base sólida de educação poderia facilmente suprir.

No Brasil, o empreendedorismo e a vida acadêmica caminham em paralelo: não se encontram e tampouco se complementam, não permitindo que os empreendedores fossem bem capacitados para seguirem sem medo o chamado que ouvem internamente.

A carência de união dessas duas vertentes é tão pronunciada que, felizmente, já tramita no senado um Projeto de Lei (PLS 772/2015) que tem a intenção de inserir o empreendedorismo nos currículos acadêmicos dos ensinos fundamental e médio.

Além disso, o Projeto de Lei ainda garante que a disciplina seja usada como diretriz da educação básico, juntamente com a orientação para o trabalho.

Por que o empreendedorismo deve ser ensinado nas escolas?
De acordo com Glauco, 52 milhões de brasileiros trabalharam na criação ou manutenção do próprio negócio. No entanto, o que se observa é que boa parte dessas pessoas não possuem qualificação para levar o empreendimento adiante.

Acredita-se que isso aconteça porque, embora com o instinto empreendedor, tais pessoas não possuem incentivo para começar seu próprio negócio desde os tempos de escola. Ter uma educação que esteja alinhada às exigências do mercado é fundamental para que os empreendedores sejam bem-sucedidos.
As características natas do empreendedor

As qualidades de um empreendedor, que são inerentes ao ser humano, também devem ser desenvolvidas durante a vida escolar. Empreender deixou de significar apenas a intenção de abrir um negócio próprio, muito mais está envolvido para ser um empreendedor de sucesso.

Hoje, quando se fala em empreender, refere-se a um conjunto de hábitos e comportamentos que são adquiridos e desenvolvidos durante toda a vida do indivíduo.
Mas, afinal, o que é preciso para ser um bom empreendedor?

• Informação é poder
Antes de mais nada é preciso informação. A velha máxima que diz “informação é poder” é verdadeira no empreendedorismo, por isso, o bom empreendedor obtém todas as informações relevantes sobre o segmento que pretende ingressar. Na verdade, é preciso dominar a área em que vai atuar.
• Organização de recursos

O bom empreendedor sabe organizar todos os recursos disponíveis para que possa se inserir no segmento de mercado desejado, sejam eles financeiros, materiais ou humanos. Um erro muito comum é misturar a renda da empresa com a renda pessoal, que pode levar o negócio ao fracasso rapidamente.
Se deseja ter um sócio, a escolha deste deve ser bem pensada e as expectativas, deveres e direitos de cada parte discutida à exaustão para que não haja diferenças de visão durante o desenvolvimento do empreendimento.
• Coragem e perseverança

Os empreendedores são indivíduos que possuem visão além do alcance. Eles veem oportunidades onde outros enxergam somente obstáculos. Por isso, são dotados de coragem e perseverança para encarar o desconhecido e não se deixar abater pelas pequenas quedas ao longo do caminho que o levará ao sucesso.
Um bom empreendedor, destaca Glauco, ainda possui eficiência, proatividade e liderança. Sabe ouvir e garimpar opiniões e ideias para que, ao subir, leve todos com ele. Essas são características que devem ser desenvolvidas durante a vida escolar e preparar as crianças para se tornarem empreendedores competentes no futuro.