GLAUCO DINIZ DUARTE – Geração de energia eólica no mar é positiva e requer acompanhamento

Geração de energia eólica no mar é positiva e requer acompanhamento. O Brasil se prepara para avançar na produção de energia eólica. Reportagem do Estadão, desta terça-feira (24), informa que a Petrobras abriu licitação para instalar torres geradoras de energia eólica ao lado de plataformas rasas de petróleo no Rio Grande do Norte. A proposta de geração de energia em alto mar é inédita no país e promete impulsionar o já bem-sucedido processo de geração em terra.

O projeto aguarda licenciamento do Ibama para ser iniciado, ainda este ano. A previsão é que a planta-piloto potiguar comece a funcionar em 2022.

A Região Nordeste é responsável por 60% de toda a energia eólica produzida no Brasil. O Rio Grande do Norte é o maior estado produtor brasileiro, com produção superior a 3 gigawatts (GW) – com potencial de produção de 40 gigawatts.

Deputado federal e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico norte-rio-grandense, Rogério Marinho (PSDB) tem experiência no assunto. Para ele, o Brasil segue o caminho certo ao substituir a matriz de combustíveis fósseis (como diesel) por energia limpa. Mas requer acompanhamento e atenção. “O Nordeste tem um enorme campo para esse tipo de produção, mas é preciso estar atento para que não atrapalhe setores marítimos, pesqueiros, nem impacte negativamente o meio ambiente”, diz Marinho.

O Brasil começou a gerar energia eólica em 2005. Naquele ano, a produção não chegava a 30 megawatts (MW). Cinco anos depois, quando ocorreu o primeiro leilão do governo incluindo a oferta de empreendimentos eólicos, essa produção já era de 600 MW. Atualmente, a geração de energia eólica ultrapassa os 13 mil MW e, diante com os leilões já realizados, deve chegar a 17,8 mil MW em 2023.

A geração eólica abastece 10% da população brasileira, ou 22 milhões de pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica publicados na reportagem do Estadão.