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GLAUCO DINIZ DUARTE  Leilões colocam a luz do sol na matriz energética brasileira

Após um bem-sucedido leilão no ano passado, quando foi contratada a implantação de 1 gigawatt (GW) em projetos solares – com garantia de fornecimento de 200 megawatts (MW) médios –, outras duas rodadas de compra de energia que serão realizadas neste ano devem colocar o Brasil definitivamente no grupo de países onde a energia fotovoltaica faz parte da matriz energética.

Cenário – O cenário para a implantação de usinas fotovoltaicas (que transformam a radiação solar em energia elétrica através de células fotoelétricas) mudou rapidamente nos últimos meses. Até 2013, o Brasil tinha apenas pequenos projetos de autogeração, muitos deles feitos para empresas conhecerem melhor a tecnologia. Naquele ano foi feito o primeiro leilão para compra de energia fotovoltaica, em Pernambuco. No ano seguinte, o governo federal fez seu primeiro leilão, no qual o preço foi bastante competitivo, de R$ 215 por MWh – como comparação, as eólicas venderam energia por R$ 142 por MWh no mesmo processo.

Lei – Em 2015, além dos dois leilões programados estimularem a construção de “parques solares”, o setor de energia fotovoltaica comemora a aprovação de uma lei que isenta de impostos a importação de componentes para a fabricação de painéis solares. Em outra frente, um projeto que isenta os equipamentos de tributos federais já passou pela Comissão de Infraestrutura do Senado.

Consolidação – “O ano passado marcou o início da consolidação da energia fotovoltaica no Brasil”, diz Thaís Prandini, diretora da consultoria Thymos Energia. “A expectativa é que ocorra com essa fonte o mesmo que vimos com a eólica, que foi incentivada e se tornou bastante competitiva.”

Copel – A realização dos leilões já está atraindo grandes geradores de energia. Entre eles a Copel, que abriu uma chamada pública para que empresas com projetos já aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentem propostas de parceria. “Os preços dos componentes estão caindo e a viabilidade da solar já se compara com outras fontes”, diz Jonel Iurk, diretor da Copel Renováveis. A meta da empresa é fechar parcerias para investir em até 100 MW de capacidade, o que permitiria a garantia de produção de 20 MW a 25 MW médios. “É uma forma de entrarmos nesse mercado, que é complementar à geração hidráulica”, complementa.

Capacidade – O Brasil entrou atrasado na corrida pela energia fotovoltaica. A capacidade instalada no mundo se multiplicou por quatro entre 2010 e 2014, quando havia 179 GW em parques solares ao redor do mundo. A liderança ainda é ocupada pela Alemanha, onde há 38,2 GW instalados, mais de duas vezes a potência da usina de Itaipu. Mas é na China que o crescimento é mais rápido – o país asiático já tem 28,1 GW instalados e deve passar à primeira colocação no ranking nos próximos dois anos.

2014 – No ano passado, o Brasil tinha apenas 15 MW de capacidade instalada, número que deve crescer de forma expressiva com a realização dos leilões. Os parques fotovoltaicos se concentram no Nordeste, onde há melhores condições climáticas, e têm em média 30 MW de potência instalada.

Credenciamento – Para o primeiro leilão do ano, foram credenciados 382 projetos, totalizando 12 mil MW de capacidade – mas apenas uma parcela do total será viabilizada com o preço-teto definido pelo governo.

Preço – O preço, inclusive, será maior do que o estipulado no ano passado (R$ 349 por MWh contra R$ 262). Segundo Rodrigo Sauaia, diretor da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), isso compensará os custos maiores neste momento. “O câmbio mudou e se somou a outros custos”, explica. “Mas, no longo prazo, a energia solar vai ganhar competitividade com a fabricação de painéis e outros componentes no país.” Para isso, o setor negocia com os estados a redução da cobrança do ICMS de fabricantes que nacionalizem sua produção.

Comparação – Especialistas e executivos do setor de energia comparam a evolução da energia fotovoltaica com o que ocorreu com a eólica nos últimos anos. Os leilões feitos pelo governo estimularam a construção de parques, que já somam hoje cerca de 6 GW de potência – similar à capacidade de geração das hidrelétricas do Rio Madeira, no Acre. O desafio de ganho de eficiência é parecido – as torres eólicas ganharam porte e hoje têm eficiência de 50% (ou seja, garantem produção próxima de metade de sua capacidade instalada), contra 20% dos painéis fotovoltaicos. E, assim como na eólica, é o Nordeste que deve receber mais projetos. A incidência do sol é maior na região do semi-árido, onde há outro componente importante: terras com preços baixos.

Cientistas propõem esforço global para adoção de painéis – A necessidade de desenvolver a energia solar como alternativa à geração a partir de combustíveis fósseis levou um grupo de cientistas britânicos a propor a criação de um “Programa Apollo Global”, em referência ao esforço feito pelos Estados Unidos para pousar na Lua. Apesar de o custo dos painéis solares estar em queda, os pesquisadores estimam que é necessário um investimento grande ainda para tornar essa tecnologia uma alternativa mais barata que térmicas a carvão.

Ideia – A ideia dos cientistas é que os países participantes do projeto apliquem 0,02% de seus PIBs para desenvolver painéis mais eficientes e para resolver o grande gargalo da energia solar fotovoltaica: como guardar a eletricidade. Seriam necessárias baterias de altíssima capacidade, e mais baratas, ou sistemas de células de hidrogênio com viabilidade comercial para que a energia gerada durante o dia pudesse ser usada à noite.

Outra tecnologia – Em outra frente, os especialistas no setor apontam uma outra tecnologia baseada na luz solar como uma possível solução: usinas térmicas solares. Nelas, os raios de sol são concentrados em uma estrutura que guarda o calor e o utiliza para girar uma turbina. Regiões desérticas são as mais recomendadas para esse modelo de geração, que ainda não chegou ao Brasil.

Evolução da tecnologia pode reduzir ainda mais o custo de geração – A perspectiva de longo prazo para a energia fotovoltaica inclui dois fatores que a tornarão mais presente na matriz energética brasileira. O primeiro é a evolução da tecnologia, que ainda tem como ganhar eficiência, o que reduziria os custos de produção. Dados sobre o mercado italiano compilados pela Agência Internacional de Energia (IEA) mostram que, em 2008, o custo de instalação de um watt de potência era de US$ 4,50. O valor caiu para US$ 0,80 em 2013, em grande parte porque os painéis ficaram melhores – ou seja, ganharam mais capacidade de transformar radiação em energia.

Custo – A queda no custo de instalação, além de viabilizar projetos de grandes parques geradores, abre espaço para a geração distribuída, em tetos de casas e estacionamentos de veículos. Com isso, as redes de distribuição terão de ficar mais “inteligentes” para lidar com a compra e venda de energia de todos esses geradores. Uma experiência desse tipo está sendo conduzida pela Eletrosul, que colocou painéis solares com 1 MW de capacidade em sua sede, em Florianópolis. “O resultado tem sido excelente”, diz Ronaldo dos Santos Custódio, diretor de engenharia da geradora. “O custo de operação é baixo, há melhora no conforto térmico do prédio e se gera energia que pode ser vendida no mercado livre.”

Ganho de escala – Segundo ele, os leilões feitos pelo governo federal têm um papel importante para que a construção de painéis solares no país ganhe escala, fazendo com que a queda de custo vista no mercado internacional também seja aproveitada pelo Brasil. Para o microgerador, porém, só o preço mais baixo dos equipamentos não vai bastar. Há um nó tributário que praticamente inviabiliza o negócio: hoje ele precisa pagar ICMS sobre todo seu consumo, e não pela diferença entre o que gerou e o que precisou comprar da distribuidora.

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