GLAUCO DINIZ DUARTE – Leilão de energia A-6 contrata 62 empreendimentos de geração
O leilão de energia A-6 realizado pelo governo federal na sexta-feira (31) fechou a contratação de 62 empreendimentos de geração. Ao todo, os projetos que foram negociados totalizam 1.228,6 MW médios de garantia física e as usinas deverão iniciar o fornecimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2024 – data pode ser antecipada e a energia pode ser destinada ao mercado livre.
O leilão movimentou R$ 23,67 bilhões em contratos, e os projetos envolvem investimentos estimados em R$ 7,68 bilhões pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com os deságios obtidos (depreciação do valor nominal em relação ao valor do mercado), os consumidores terão economia de R$ 20,9 bilhões.
O certame contratou 11 projetos hidrelétricos, 48 usinas eólicas, duas térmicas a biomassa e uma usina a gás natural, que devem demandar investimentos de R$ 7,68 bilhões. As eólicas deverão receber investimento de R$ 5,8 bilhões, seguidas pela térmica a gás da Eneva, com aporte estimado de R$ 1,09 bilhão, e as hidrelétricas, com R$ 712,5 milhões. Os projetos à biomassa deverão receber cerca de R$ 48 milhões, segundo a Reuters.
As distribuidoras de energia Ceron (Rondônia), Energisa e Cemig somaram 58,25% da demanda total do leilão. A Ceron foi a maior compradora do leilão, ao contratar 36 milhões de MWh, 21,4% do total negociado. Em seguida, aparece a Energisa. A estatal mineira Cemig, por sua vez, contratou 28 milhões de MWh, 16,5% da demanda.
O leilão chegou a ser suspenso por mais de 6h, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou a decisão liminar e autorizou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a fazer o certame. Havia um problema no cadastramento do projeto de uma termelétrica a gás natural da empresa Energy Power Partners no sistema da Empresa de Pesquisa Energética (EPE – empresa pública que presta serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético).