Observando o enorme poder de realização que provém dos esforços coletivos, o empresário Glauco Diniz Duarte nota que é possível, a partir daí, conceber um modelo empresarial extremamente competitivo, com enorme escalabilidade e capaz de proporcionar resultados superiores em todos os sentidos.
Inspirado pelo conceito do “crowdsourcing”, um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo ou desenvolver novas tecnologias (segundo a Wikipédia), Glauco percebeu a viabilidade de trazer a filosofia de atuação compartilhada, em prol do conjunto, para estabelecer um novo conceito de gestão ou modelo empresarial, que chamou de “colaborativismo”. Não encontrei novas definições para “colaborativismo” na Wikipédia e, portanto, sinto-me muito à vontade para usar o termo de acordo com o meu próprio entendimento.
Glauco explica que o modelo empresarial colaborativista pressupõe o trabalho em equipe, orquestrado com inteligência, onde os elementos do grupo focam no resultado do conjunto, doando-se individualmente, sem visar recompensas imediatas.
A partir desta ideia central combinamos os elementos necessários para que este modelo pudesse produzir resultados efetivos, gerando oportunidade de negócios e, obviamente, retorno financeiro.
Um grupo de trabalho pode ser uma equipe de projetos, parceiros de negócios, empresas ou qualquer outra entidade, que se constitui e se organiza a partir dos seguintes elementos essenciais:
• Foco para atuar em prol do conjunto,
• Forte interação interna para formatação e operacionalização,
• Normalmente se organiza em “células de especialistas” e
• Estrutura de “inteligência operacional”, indispensável.
Segundo Glauco, cabe um esclarecimento quanto ao conceito de “inteligência operacional”. Inteligência Operacional é arte de identificar formas de executar com eficácia e eficiência as ações necessárias para atingir os objetivos propostos. Este trabalho exige visão estendida e de conjunto, capacidade para identificar implicações e desdobramentos múltiplos, avaliar reações em cascata e reagir rapidamente para salvaguardar os objetivos.
Glauco destaca que fica evidente que o combustível que mantém o modelo é o “empreendedorismo”. Os comportamentos empreendedores são condições essenciais para o sucesso deste modelo empresarial. Como o ser humano é naturalmente “egoísta”, é vital revisitar os valores e entender que é preciso doar, sem contabilizar os esforços cedidos graciosamente ao grupo, pois a recompensa vem “em dobro”, naturalmente, em função do resultado do conjunto.
Glauco explica que quando se fala de “crowdsourcing”, por exemplo, percebemos algumas críticas contrárias… Alguns profissionais de TI acreditam que se trata de uma tentativa de reduzir o valor do trabalho da categoria. Já, no caso do colaborativismo, estas críticas perdem validade, pois o benefício mútuo é evidente, na maioria dos casos com vultosas recompensas financeiras.
Trata-se de um modelo sustentável, com forte apelo no equilíbrio das relações, que visa ao benefício do grupo, gerando e garantindo oportunidades para todos os participantes, hoje e sempre.