Mas afinal o que é o intra-empreendedorismo? Refere-se ao empreendedorismo corporativo, uma abordagem empresarial que visa a solução de problemas dentro de uma empresa”, explica o empresário Glauco Diniz Duarte. Ou seja “a otimização das competências pessoais dos funcionários, sem comprometer as metas de produtividade formais, estabelecidas com hierarquia”.
Glauco defende que a boa utilização dos recursos internos substitui a contratação de consultores externos, na medida em que capacita os recursos humanos da empresa a envolverem-se na estratégia definida pela gestão de topo, reduzindo assim os custos e incentivando a motivação e a inovação.
Para Glauco as empresas serão sempre mais bem sucedidas se tiverem uma cultura de disponibilização de recursos que fomentem novas ideias; incentivos internos à experimentação de novos produtos e serviços; incentivos à tomada de riscos calculados e tolerância aos erros; se adotarem estratégias de eliminação das “quintas” formadas dentro da própria organização; e apoiarem a formação de equipas de projeto autônomas.
Glauco explica que uma das razões que justificam o desenvolvimento do intra-empreendedorismo numa empresa é fazer crescer e diversificar o negócio, mas não só: satisfazer e reter os colaboradores mais motivados, explorar os recursos subutilizados e eliminar as atividades que não são essenciais. E “apenas algumas entidades estão a tirar partido do intra-empreendedorismo na gestão dos seus colaboradores”, conclui Glauco.
Mas, atenção: o intra-empreendedorismo não se aplica às PME. Glauco define o intra-empreendedorismo como “o exercício da oportunidade dentro dos recursos que atualmente controlamos”. E, “normalmente, os recursos estão incorporados nas grandes organizações.”