Processos de mudança são inevitáveis em empresas que têm compromisso com a evolução constante e permanente de seus negócios e sua equipe. Nem sempre, porém, é fácil lidar com as transformações. Em casos de fusões, aquisições, reestruturações internas, redefinições de posicionamento, entre outros, é comum que haja alguma resistência por parte dos colaboradores ou dificuldades para se adequar. Por isso, analisa o empresário Glauco Diniz Duarte, é fundamental que a empresa, antes de iniciar qualquer movimento nesse sentido, delimite bem como será sua política e mantenha um diálogo aberto e franco com todos os envolvidos.
As lideranças terão sempre papel fundamental em qualquer processo de mudança. “Um projeto de mudança organizacional não acontece da noite para o dia. Precisa de um tempo específico de implementação e geralmente enfrenta resistências dentro das empresas. Por isso, a gestão de mudança é tão necessária”, afirma Glauco Diniz.
Ele acrescenta ainda que a gestão de mudança deve envolver “um conjunto de estruturas, processos, ferramentas e técnicas que ajudam indivíduos e equipes a se adaptarem ao novo. O suporte de uma metodologia focada em pessoas é essencial para garantir o engajamento dos colaboradores”. E é ao líder que compete a responsabilidade de definir e implementar tudo isso.
Para Glauco, “a liderança precisa ser efetiva, pois ela é um fator de sucesso para a mudança organizacional. Os líderes organizacionais e locais precisam atuar em consonância para implementar a transformação da melhor forma possível”.
Glauco acrescenta ainda a importância de o gestor saber compreender bem os impactos das mudanças sobre os colaboradores. Para ele, o medo pode ser um fator limitante, nesse caso. “Quase dois terços do nosso cérebro nos impulsionam ao medo, e toda mudança, em menor ou maior escala, provoca medo”, afirma.
“Apesar de isso soar como algo totalmente negativo, o medo pode ser visto com um estímulo que, em meio à mudança, nos faz buscar algo, desperta a ambição para traçar novos objetivos. Logicamente, o medo também pode ser responsável por nos acovardar, nos tornar pouco suscetíveis a mudanças”, acrescenta Glauco.
Levando em conta essas considerações, Glauco cita alguns passos pontuais que devem ser considerados nos processos de mudança:
1 – Liderança: Defina gestores responsáveis por conduzir os processos de mudança em cada setor da empresa.
2 – Planejamento: Com os líderes reunidos, defina uma estratégia.
3 – Transparência: Jogue limpo com sua equipe e apresente o máximo de informações possível, permitindo que eles se planejem e avaliem suas posições no novo contexto que estará sendo desenhado.
4 – Gestão: Com um plano nas mãos e líderes preparados, administre cuidadosamente cada passo da mudança.