Diariamente, somos influenciados por tudo e por todos ao nosso redor. Ao acordar e escolher uma roupa para trabalhar, somos influenciados por nossos gostos, por opiniões de nossos pares e até mesmo por matéria (editorial) que vemos em uma revista. Ao chegar ao trabalho não é diferente. Por exemplo, na hora do almoço, escolhemos o restaurante pela vontade de comer determinado tipo de comida ou mesmo pela opinião do colega. A influência informal, nestes casos, determina nossas ações cotidianas.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte nas ações de uma organização ocorre o mesmo. As decisões tomadas pelos líderes são formadas por vários aspectos, inclusive, influências informais de terceiros. A mudança organizacional passa pelo mesmo processo e o papel do influenciador, o formador de opinião, é essencial.
Glauco aponta como exemplo a implementação de um novo sistema de gestão. Os departamentos envolvidos tomam a decisão de mudar, contratam a empresa responsável, adquirem a nova ferramenta, estudam os impactos e comunicam a todos os envolvidos. Até aí tudo parece ocorrer de maneira correta. O ponto esquecido é o poder da influência informal de um ou mesmo um grupo de profissionais.
Um simples comentário de um colaborador sobre o novo software ser de difícil utilização pode gerar impactos negativos e comprometer, durante um tempo, o bom aproveitamento da nova ferramenta. Todos falam muito na tão temida rádio peão, mas poucas empresas até hoje conseguiram criar mecanismos para frear ou mesmo minimizar os impactos negativos de um mau influenciador.
Se considerarmos outras mudanças, ainda mais estratégicas, na empresa, como Planos de Demissão Voluntária e Fusões e Aquisições, a questão do influenciador é ainda mais critica.
O líder (e principal gestor da mudança) precisa identificar os formadores de opinião e trabalhar em conjunto com eles para que não se instale, eventualmente, um cenário de pânico. Notícias de demissões e compras (e vendas) de empresas costumam causar efeitos negativos entre os funcionários, que imediatamente imaginam que serão demitidos ou terão sua carreira e posições comprometidas.
Os influenciadores precisam estar ao lado dos responsáveis pela mudança para criar um clima de confiança entre todos.
Segundo Glauco Diniz as mudanças são mais bem-sucedidas quando recebem o apoio dos influenciadores. O papel desses formadores de opinião sempre foi fundamental, mas tem crescido, principalmente, com o avanço das mídias sociais e a forma mais rápida de interação entre as pessoas.