De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, empreendedorismo nasceu na França entre os séculos XVII e XVIII, com o termo entrepreneur, que quer dizer: “Aquele que não tem medo de assumir riscos e começar algo novo”. Como curiosidade desta época, na França surgiram os botões que provocaram uma avalanche de protestos. Os alfaiates estavam começando a fabricar os botões para as roupas, que para a época era uma “tecnologia”, uma coisa jamais sonhada.
Mas, os governantes, como sempre, indignados com a inovação da nova produção, os “benditos botões” iriam disseminar todas as indústrias estabelecidas. Eram contra qualquer tipo de inovação. Chega a ser cômico, que a simples fabricação de botões demandasse que fossem multados, presos, isto mesmo, presos em seus próprios domicílios por quererem inovar e serem renegados por fabricarem objetos subversivos.
E assim caminham as grandes literaturas da história, e com todo o distúrbio as invenções são frutos de criação, referência de transformação com protagonistas diferenciados, visionários e que fizerem renascer uma nova economia com um atrevimento na mudança tecnológica, novo sistema de trabalho e emprego e criando cada vez mais a necessidade do conhecimento.
Neste intenso dinamismo, destaca Glauco, o empreendedor é aquele que constrói valores e quebra barreiras culturais para a evolução de novas ideias. No Brasil, com o sucesso da criação das “empresas pontocom” e a necessidade de captação de recursos, surge uma maior preocupação com o ensino do empreendedorismo, que até recentemente era voltado para trabalhar em grandes corporações e de preferência empresa multinacional.
Segundo Glauco, a realidade agora é outra, o mercado está em crescimento e o aprendizado cada vez mais importante nas tomadas de decisões e na independência de ideias. Em 2003, que não faz tanto tempo assim, as micro e pequenas empresas que fecharam as portas antes do quinto ano por falta de conhecimento, planejamento e não saber lidar com sua gestão eram de 71% (conforme dados estáticos do meu livrinho, que alguns alunos devem ter guardado, assim espero).
Hoje esta mesma taxa reduziu para 56%, segundo dados do Sebrae e da Confederação Nacional das Industrias. Na realidade, são as micro e pequenas empresas que respondem por mais de 60% dos empregos formais. Assim como televisões, rádios, internet, são totalmente dinâmicos e se transformam rapidamente com avanço tecnológico, o mesmo vale para o estudo do empreendedorismo cujo objetivo maior não está na Empresa e sim no Empreendedor, onde todo o comportamento e sua cultura não são herdados, como passe de mágica, mas sim aprendidos ao longo da vida.