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GLAUCO DINIZ DUARTE – Modelos de negócios em geração distribuída apontam para o futuro da produção e o consumo de energia

A segunda parte do seminário “Eficiência Energética e Geração Distribuída” discutiu o panorama brasileiro da geração distribuída, modelos de negócios e cases de sucesso, além do armazenamento de energia e geração nacional de energia solar e de biogás. O evento foi realizado nesta quarta-feira (23/8), pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do Conselho de Sustentabilidade e em parceria com a R20 – Regions of Climate Action, fundação criada pelo ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.

Com mediação de Jorge Pinheiro Machado, diretor da R20 na América Latina, e de Patrícia Iglecias, do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP e superintendente de Gestão Ambiental da USP, as discussões tiveram início com apresentação do presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, que traçou o panorama da geração distribuída no Brasil. Ele aproveitou a oportunidade para destacar as vantagens que os painéis fotovoltaicos proporcionam ao consumidor. “Há uma série de benefícios, mas podemos enfatizar economia na fatura de energia elétrica, geração no ponto de consumo, eficiência energética (redução de perdas), alta na competitividade, economia em investimentos de transmissão, utilização de fontes renováveis, geração de empregos especializados e baixo impacto ambiental.

Em seguida, apresentaram-se o diretor da Apolo Energia Renovável, Pedro Camanho; o diretor da WTS, Luis Serrano; e o presidente da Coober, Raphael Vale, com foco na exibição de modelos de negócios para os empresários que desejam adotar medidas sustentáveis de energia elétrica em suas empresas.

“Hoje, a maior vantagem da geração distribuída é a redução de custos. No entanto, o maior impedimento para execução dos projetos no Brasil é o alto custo inicial. Por exemplo, uma pessoa da região de Campinas que tenha renda de R$ 5 mil por mês precisa investir cerca de R$ 400 mil para a instalação de um painel fotovoltaico. E no mercado, há poucas linhas de investimento de crédito”, explicou Camanho.

Na sequência, o presidente da CiBiogás, Rodrigo Galvão, detalhou as atividades da instituição, que promove de maneira sustentável a geração de energias elétrica, térmica e biocombustível, por meio do biogás. Segundo o empresário, os dejetos orgânicos gerados pelo segmento do agronegócio são matéria-prima para a transformação do biogás. Quando os produtores rurais encaminham esses dejetos para as usinas de geração de biogás, beneficiam-se tanto com créditos na fatura de energia quanto com a produção de biofertilizantes, criando um círculo virtuoso.

A seguir, o diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos Negócios da BYD, Adalberto Maluf, e o diretor da EDP Soluções em Energia, Carlos Eduardo Fontoura, palestraram sobre geração solar. “Embora existam desafios no Brasil, o setor segue avançando, e logo o consumidor poderá escolher que tipo de energia ele vai comprar e de onde. Além disso, a energia solar já ultrapassou a produção de energia eólica no País. O custo da implementação dessa tecnologia se paga em cinco anos, e a duração dos painéis é de 40 anos”, comentou Maluf.

O CEO da GreenYellow do Brasil, Pierre-Yves Mourgue, trouxe ainda cases de sucesso de sua instituição, que financiou plantas fotovoltaicas das lojas da rede Assaí localizadas no Mato Grosso e em Goiás. A empresa também subsidiou os painéis solares da loja Minuto Pão de Açúcar, em Campinas. “Com esses empreendimentos, as lojas se beneficiam de uma energia limpa e segura durante anos, usufruindo de um desconto mensal real na conta de energia. Ou seja, elas são capazes de gerar a sua própria energia de forma limpa e sustentável. A próxima unidade a receber os telhados fotovoltaicos será a de Londrina, no Paraná”.

Finalizando as palestras, o gerente geral de Novos Negócios da Acumuladores Moura, Egon Daxbacher, apresentou conteúdo sobre armazenamento de energia e sobre a reciclagem de cem por cento das baterias colocadas no mercado, independentemente da marca, a exemplo do sistema de Logística Reversa previsto no termo de compromisso celebrado entre a FecomercioSP, a Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat) e órgão ambientais do Estado de São Paulo.

GLAUCO DINIZ DUARTE - Negócios
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